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PENSE

"Um apelo a humanidade para por um fim ao descaso com o planeta, antes que esse DESCASO ponha um fim em nós."

segunda-feira, 26 de março de 2012

OFICINAS - ECOPEDAGOGIA

Educação Ambiental
26/03



A Ecopedagogia parte de uma consciência planetária (gêneros, espécies, reinos, educação formal, informal e não-formal...). De uma visão antropocêntrica para uma consciência planetária, para uma prática , uma nova referência ética e social: a "Civilização Planetária". 

O Movimento pela Ecopedagogia ganhou impulso sobretudo a partir do Primeiro Encontro Internacional da Carta da Terra na Perspectiva da Educação, organizado pelo Instituto Paulo, com o apoio do Conselho da Terra e da UNESCO, de 23 a 26 de agosto de 1999, em São Paulo e do I Fórum Internacional sobre Ecopedagogia, realizado na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal, de 24 a 26 de março de 2000. Desses encontros surgiram os princípios orientadores desse movimento contidos numa "Carta da Ecopedagogia". Eis alguns deles:
1.         O planeta como uma única comunidade.
2.         A Terra como mãe, organismo vivo e em evolução.
3.         Uma nova consciência que sabe o que é sustentável, apropriado, o faz sentido para a nossa existência.
4.         A ternura para com essa casa. Nosso endereço é a Terra.
5.         A justiça sócio-cósmica: a Terra é um grande pobre, o maior de todos os pobres.
6.         Uma pedagogia biófila (que promove a vida): envolver-se, comunicar-se, compartilhar, problematizar, relacionar-se entusiasmar-se.
7.         Uma concepção do conhecimento que admite só ser integral quando compartilhado.
8.         O caminhar com sentido (vida cotidiana).
9.         Uma racionalidade intuitiva e comunicativa: afetiva, não instrumental.
10.      Novas atitudes: reeducar o olhar, o coração.
11.      Cultura da sustentabilidade: ecoformação. Ampliar nosso ponto de vista.
Precisamos de uma  cultura de sustentabilidade e de Paz. Esta se fundamenta num paradigma filosófico (Paulo Freire, Leonardo Boff, Sebastião Salgado, Boaventura de Sousa Santos, Milton Santos) emergente na educação que propõe um conjunto de saberes/valores interdependentes. Entre eles podemos destacar:
1ºEducar para pensar globalmente. Na era da informação, diante da velocidade com que o conhecimento é produzido e envelhece, não adianta acumular informações. É preciso saber pensar. E pensar a realidade. Não pensar pensamentos já pensados. Daí a necessidade de recolocarmos o tema do conhecimento, do saber aprender, do saber conhecer, das metodologias, da organização do trabalho na escola.
2ºEducar os sentimentos. O ser humano é o único ser vivente que se pergunta sobre o sentido de sua vida. Educar para sentir e ter sentido, para cuidar e cuidar-se, para viver com sentido em cada instante da nossa vida. Somos humanos porque sentimos e não apenas porque pensamos. Somos parte de um todo em construção.
3ºEnsinar a identidade terrena como condição humana essencial. Nosso destino comum no planeta, compartilhar com todos, sua vida no planeta. Nossa identidade é ao mesmo tempo individual e cósmica. Educar para conquistar um vínculo amoroso com a Terra, não para explorá-la, mas para amá-la.
4ºFormar para a consciência planetária. Compreender que somos interdependentes. A Terra é uma só nação e nós, os terráqueos, os seus cidadãos. Não precisaríamos de passaportes. Em nenhum lugar na Terra deveríamos nos considerar estrangeiros. Separar primeiro de terceiro mundo, significa dividir o mundo para governá-lo a partir dos mais poderosos; essa é a divisão globalista entre globalizadores e globalizados, o contrário do processo de planetarização.
5ºFormar para a compreensão. Formar para a ética do gênero humano, não para a ética instrumental e utilitária do mercado. Educar para comunicar-se. Não comunicar para explorar, para tirar proveito do outro, mas para compreendê-lo melhor. A Pedagogia da Terra funda-se nesse novo paradigma ético e numa nova inteligência do mundo. Inteligente não é aquele que sabe resolver problemas (inteligência instrumental), mas aquele que tem um projeto de vida solidário. Porque a solidariedade não é hoje apenas um valor. É condição de sobrevivência de todos.
6ºEducar para a simplicidade e para a quietude. Nossas vidas precisam ser guiadas por novos valores: simplicidade, austeridade, quietude, paz, saber escutar, saber viver juntos, compartir, descobrir e fazer juntos. Precisamos escolher entre um mundo mais responsável frente à cultura dominante que é uma cultura de guerra, de competitividade sem solidariedade, e passar de uma responsabilidade diluída à uma ação concreta, praticando a sustentabilidade na vida diária, na família, no trabalho, na escola, na rua. A simplicidade não se confunde com a simploriedade e a quietude não se confunde com a cultura do silêncio. A simplicidade tem que ser voluntária como a mudança de nossos hábitos de consumo, reduzindo nossas demandas. A quietude é uma virtude, conquistada com a paz interior e não pelo silêncio imposto.
Vamos juntos . Venha, participe de nossas oficinas , seja também um parceiro, um colaborador para esta conscientização.


CONTATO:
Presidente: Elton dos Anjos
ArteEducadora: Márcia Stetner Barreto
E mail: oficinaverdearte@hotmail.com
Tel: (13) 3028 4919

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